Aquele ainda jovem menino que sonhava com pés descalços, vestia o terno comprido do papai. Seus ombros miúdos afogados em tecidos bem cortados. Ladeando os calcanhares, os bolsos cheios de sonhos e apelos que se esparramavam como capa de rei, à sombra do garotinho magro, miúdo e de cabelos negros.
Aquele doce menino de sonhos revolucionários já sabia que em seu caminho percalços viriam. Não se via como o garoto mais desejado ou acolhido aos meios sociais. Via-se livre. Era esse seu desejo de futuro. Em meio a isso outros sonhos fugazmente apareciam. Riqueza, conquistas, viagens. Desejou a lua, a princesa Cinderela, a luta mortal contra o dragão alado que cuspia fogo pelas ventas!
O pequeno menino sonhador tinha alma de poeta e, num dia cinza, atordoado em seus pensamentos, observara um quadro em que um triste palhaço choroso, sentado à meia lua, olhava pra fora da moldura como quem pedia socorro. O menino sabia o que deveria ser feito. Fuçou na gaveta do criado mudo, achou um caderno velho de capa azul e sentou à frente da imagem.
Contaria a história do sofrido palhaço que buscou na lua consolo para as mazelas da vida. Ao cabo de sua historia, o palhaço saltaria do quadro num mortal triplo. Pousaria seus compridos sapatos coloridos no tapete do quarto, silenciaria a TV para todo o sempre e, num salto livre, planaria até a janela ao encontro da desconhecida e famigerada liberdade...
Ahhhh, liberdade...
Seria tolice a minha tentar enquadrá-la em palavras. Mais difícil ainda é experimentá-la com o coração...
Tips Cara Merawat Wajah agar Maksimal
Há 8 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário